segunda-feira, 15 de abril de 2013

Parabéns JoãoVitor!



A Escola 25 de outubro parabeniza o aluno João Vitor pela belíssima crônica que foi a vencedora  no concurso promovido pela Rádio Regional.
Leia e se emocione com a crônica vencedora.


Lembranças que machucam
            Certo dia um homem passando por uma ponte e lembrando de quando era uma criança parou, sentou-se e se pôs a chorar. Um garoto de aproximadamente oito anos, vendo aquela cena abordou o homem perguntando:
            --Porque está chorando senhor?
            --Minha emoção é por estar relembrando os momentos de quando eu tinha a sua idade.
            --Mas, porque aqui de frente a esse rio com água tão  suja?
            --Acredite ou não, esse rio que você vê já teve águas cristalinas e em abundância.
            --O quê? Isso não pode ser verdade! O senhor está brincando comigo! Imagine...
            --Não é brincadeira não filho! Eu e meus amigos da época nos divertíamos muito, exatamente aqui nesse espaço que você está vendo. Aproveitávamos um tempinho depois da escola ou do trabalho para tomarmos banho, brincar e até pescar.
            --Conta mais senhor porque está difícil imaginar vendo ele assim tão poluído e seco.
            --Oh sim! Famílias inteiras usavam dessa água para lavarem roupas, vasilhas e tantas outras coisas. E ali, logo ali já teve uma cascata linda onde as pessoas tiravam fotografias para guardar ou enviar à parentes distantes.
            --Mas, então como ele ficou assim?
            --Aqui era uma área rica em diamantes e ouro, assim foram chegando os garimpeiros e suas famílias em busca dessa riqueza...
            --Ah, meu avô também era um garimpeiro!
            --Então para conseguirem extrair ouro e diamantes, começaram a desviar água do rio, a derrubar a vegetação às suas margens deixando-o desprotegido. Dessa forma, pouco a pouco foram ocorrendo mudanças radicais que resultaram no que estamos vendo hoje...
            Os dois ficaram ali olhando para o rio. O senhor lembrando de sua infância e o garoto tentando imaginar como seria este rio há algumas décadas. De repente, um homem de idade bastante avançada pára e pergunta:
            --O que vocês estão fazendo parados aí olhando para o nada?
            --Estou revivendo o meu passado!
            --E eu tentando imaginar a beleza nesse rio!
            --Ah, então é isso! Aqui era mesmo maravilhoso e eu também sou testemunha disso. Olha filho, queria que sua geração pudesse aproveitar tanto quanto nós do que vivemos aqui em nossa infância, mas infelizmente não soubemos cuidar de um bem tão precioso e vital como a água que existia nesse rio. Que isso sirva de exemplo para que você e outros cuidem do que ainda resta.
            Emocionados os três ficaram ali a refletir, perdidos entre lembranças e imaginações sobre o que foi, ainda é e será o nosso eterno Rio Areia.
                                                       João Vitor Piovezan Silva. ( Aluno do 9º Ano da Escola 25 de Outubro. 13 anos.)

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